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Enxaqueca

Muitas vezes confundida com outras cefaleias, a enxaqueca é um tipo de dor de cabeça que costuma provocar dores unilaterais e latejantes, acompanhadas na maioria das vezes de náuseas, vômitos e intolerância a sons, luz e cheiros fortes.

As crises tendem a aparecer ocasionalmente, com duração de quatro até 72 horas. Em casos extremos, a frequência pode ser diária.

A enxaqueca é uma doença multifatorial. Além do fator genético, o consumo de alimentos como queijos, embutidos, chocolate, café e adoçantes com aspartame, sono prolongado ou falta de sono, excesso de exposição ao sol, alterações de hormônios, tabagismo, odores fortes e a ingestão de bebida alcoólica podem desencadear uma crise. Transtornos de humor, como ansiedade e depressão, também podem frequentemente estar associados a um episódio de enxaqueca.

A crise de enxaqueca pode ser dividida em quatro etapas com sintomas distintos.

Na premonitória, o período anterior à dor de cabeça, é comum o desejo por determinados alimentos, como chocolate, alterações de humor, cansaço, bocejos e retenção de líquidos.

Depois vem a aura, que normalmente precede a crise, mas também pode ocorrer simultaneamente. Ela ocorre em 15 a 25% das enxaquecas, e se manifesta com alterações na vista como embaçamento, pontos ou manchas escuras na visão, linhas em “zig zag” e pontos luminosos que duram de cinco minutos a uma hora. Em casos raros podem acontecer auras sem dor de cabeça.

A etapa da cefaleia é o período mais incapacitante e incômodo da enxaqueca. A sensação é de dor de um lado da cabeça e latejamento que pioram com qualquer esforço físico. Além disso, náuseas, vômitos e sensibilidade a barulhos, luz e cheiros podem acompanhar a dor.

Por último vem a fase de resolução, que é a recuperação do organismo após a dor intensa de cabeça e se caracteriza por intolerância a alimentos, dificuldade de concentração, dor muscular e fadiga.

Não existem exames específicos para diagnosticar a enxaqueca. O diagnóstico é clínico, por meio da avaliação médica dos sintomas relatados pelo paciente. Em alguns casos podem ser feitos exames para identificar se existem outros fatores interferindo na dor de cabeça e confirmar a suspeita de enxaqueca.

O principal tratamento é a prevenção, com a adoção de medidas para evitar a manifestação das crises. Ele pode ser feito com medicamentos ou métodos não medicamentosos. As crises também podem ser combatidas com analgésicos de efeito rápido, reduzindo a dor.

Nos Estados Unidos já está sendo feito o tratamento com injeções de toxina botulínica, proporcionando o relaxamento dos músculos da cabeça e reduzindo a frequência dos episódios de enxaqueca. Também é fundamental a adoção de hábitos saudáveis, como relaxamento, atividades físicas regulares, alimentação equilibrada e sono regular.

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